Celebração do Centenário da Fundação do Núcleo Cego do Maio⚜️

O Rev. Padre Manuel Silva Gonçalves da Fonte, nascido em 20 de Agosto de 1947 na Giesteira - Póvoa de Varzim, ordenado sacerdote em 12 de Março de 1972 ( após 2 anos como professor e prefeito no Seminário de Calvão/Aveiro, localidade onde permaneceu 6 anos, durante os quais jogou futebol federado), empossado Vigário Paroquial da Matriz da Póvoa de Varzim em 16 de Outubro de 1983, colocado no ano lectivo de 1983/84 como professor de Religião e Moral na escola Flávio Gonçalves, nomeado em 1984 assistente do núcleo cego do Maio do CNE - Corpo Nacional de Escutas - cargo que ainda mantinha - assistente nacional do CNE entre 1996 e 2002 ( cargo que lhe valeu a distinção com o Colar de Nun´Àlvares, o mais alto galardão do CNE), assistente diocesano de Braga da Pastoral Familiar e do secretariado para a Educação Cristã (durante 2 anos), Capelão do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde desde 2003, co-fundador (em 1990) do Instituto Maria da Paz Varzim (em cuja Direcção desempenhava a função de Tesoureiro), presidente da Liga dos Amigos do Centro Hospitalar desde 2005... - O Rev. Padre Manuel Fonte partilha com o Pároco António Torres a responsabilidade da implementação de uma acção pastoral e social cuja dimensão e profundidade são causa da admiração, do respeito e do prestígio que ambos conquistaram na Paróquia e na Cidade.  

Consciente das suas responsabilidades pastorais e sociais, O Padre Manuel Fonte é pessoa atenta aos sinais dos tempos e às dinâmicas do mundo em que vive. Aposta particularmente na formação juvenil, tendo institucionalizado na Paróquia Grupos de Adolescentes e Jovens, bem como um numeroso e dinâmico Agrupamento de Escuteiros. A catequese Paroquial, que abrange cerca de 1000 crianças, é uma escola de Formação, animada por numeroso colégio de Catequistas, também constantemente formadas. Os actos de culto (eucaristias e devoções tradicionais), na Matriz e nas capelas da Senhora de Belém e do Senhor do Bonfim, decorrem em número e horários adequados à alta frequência dos fiéis.  Iniciou na cidade, há 17 anos, as equipas(31) que mantêm viva a tradição do compasso pascal. O CPM e as equipas de Nossa senhora têm o Padre Manuel Fonte como responsável e assistente. Expressão da vitalidade paroquial é o seu Conselho pastoral, que congrega cerca de quatro dezenas de grupos e/ou movimentos.

Texto retirado da cerimónia que agraciou por proposta da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, na pessoa do seu Presidente José Macedo Vieira, O Rev. Padre Manuel da Silva Gonçalves da Fonte, em 16 de Junho (Dia da Cidade) de 2007, com a MEDALHA DE RECONHECIMENTO POVEIRO, GRAU PRATA.

O padre Aurélio Martins de Faria, filho de José Martins de Faria, natural de Barcelos e contador da Comarca da Póvoa de Varzim, e de Deolinda Rosa de Jesus Carneiro e Faria, da Póvoa de Varzim, nasceu nesta cidade no dia 29 de Novembro de 1887 e faleceu na sua casa da Praça do Almada, no dia 20 de Maio de 1972. 

Ordenou-se sacerdote aos 25 anos, em 21 de Setembro de 1912, frequentou depois a Universidade de Coimbra e foi prior da Póvoa de Varzim desde 6 de Maio de 1923 a 15 de Agosto de 1924. Foi professor do Seminário de Évora e do Colégio de D. Nuno, na Póvoa de Varzim. Foi um dos fundadores do Corpo Nacional de Escutas, na Póvoa de Varzim, em Outubro de 1923, assim como das conferências de S. Vicente de Paulo. No escutismo chefiou a delegação da Póvoa de Varzim ao 1º acampamento nacional, em Aljubarrota, no mês de Agosto de 1926 (no qual tomamos parte) e foi o primeiro Comissário Geral dos Lobitos. Foi, também, juntamente com o Sr. José Martins de Sá e o Dr. Abílio Garcia de Carvalho, um dos fundadores, dos Escuteiros Marítimos na Póvoa de Varzim.

Dedicou-se a muitas obras juvenis, incutindo sempre, nos jovens, o amor a deus e à pátria. A ele se deve o padrão da independência, erecto na praça do Marquês de Pombal, com desenho da sua autoria. Foi o tesoureiro apostolado da oração e da confraria de Nossa Senhora de Lourdes e, como tal, foi o principal colaborador do padre José António de Campos na conclusão das obras da basílica do Sagrado Coração de Jesus.

Sacerdote exemplar e muito esmoler, estava sempre pronto a acudir qualquer aflição de que tivesse conhecimento, fazendo-o quase sempre, anonimamente. Educou e orientou moralmente centenas de jovens da nossa terra e realizou, ensaiou e encenou algumas peças de teatro juvenil, que levou à cena, como «Jovens cativos» e «andaluma». Foi o protótipo do bom escuteiro, do bom educador, do bom cidadão e do bom amigo de todos, conhecidos ou desconhecidos, particularmente dos pobres e dos necessitados, procedendo sempre como o Bom Samaritano da parábola bíblica. A sua forte personalidade foi sempre respeitada por todos os que com ele privavam e mesmo por todos que apenas o conheciam.

BARBOSA, Jorge – Toponímia da Póvoa de Varzim. Póvoa de Varzim Boletim Cultural. Póvoa de Varzim: Câmara Municipal, Vol. XIX, nº1 (1980), p. 133-134.